Teu rosto colado no meu
Teus olhos estreitos
Assim como teu corpo todo
atentos aos meus
Tua boca
Não chama minha boca
Teu rosto e cabeça chamam minha boca
E meus lábios imploram por carinho
Não por recebê-lo
Mas por distribuí-lo
uniformemente
Por cada centímetro
Da tua face
doce
Meus braços envolvem teu corpo
Não te puxam pra mim
Mas te mantém junto
Teu olhar
Sussurra dentro de mim
"Te amo
Te quero
Te quero perto"
Uma lágrima escorre
leve.
Contento-me com a imagem
Enquanto o sono não vem.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
O dia em que não existi
Poderia ficar parada, reta, imóvel, e simplesmente despencar pro lado. Que caísse, batesse a cabeça, sangrasse, morresse - já não mais existia e já mais nada sentia.
Saí para dar uma volta, uma espairecida, esfriar a cabeça. Liguei praquele que sabia que me entenderia, ouviria, ajudaria. Esperei por ele em uma livraria. Vou ler algo com que me identifique neste momento, pensei. Não encontrei nada. O inexistente não se identifica com nada.
Caminhava devagar, travada, sem equilíbrio. Era como se meu corpo quisesse ficar parado e pedisse, por favor, não tenho forças para andar e não sei se resistirei a mais passos. Me movia por reflexo, por um impulso desimportante.
À minha volta, todos pareciam, se não felizes, ao menos bem. E eu, na minha dor, na minha inexistência, no vagar vazio de um corpo oco.
Ninguém me enxergava.
Saí para dar uma volta, uma espairecida, esfriar a cabeça. Liguei praquele que sabia que me entenderia, ouviria, ajudaria. Esperei por ele em uma livraria. Vou ler algo com que me identifique neste momento, pensei. Não encontrei nada. O inexistente não se identifica com nada.
Caminhava devagar, travada, sem equilíbrio. Era como se meu corpo quisesse ficar parado e pedisse, por favor, não tenho forças para andar e não sei se resistirei a mais passos. Me movia por reflexo, por um impulso desimportante.
À minha volta, todos pareciam, se não felizes, ao menos bem. E eu, na minha dor, na minha inexistência, no vagar vazio de um corpo oco.
Ninguém me enxergava.
domingo, 19 de maio de 2013
e eu
que me via tao grande
e forte
e livre,
tão mulher
me vejo apequenada dentro do teu abraço.
me vejo sozinha
frágil
esquecida,
tão menina
sem os teus cuidados.
me enxergo feia quando não sob teus olhos
me dou por perdida se não seguindo teus passos
eu,
logo eu
entregue não só à minha instabilidade
mas à inconstância da nossa existência
imersa
não só nas minhas próprias incertezas
mas em toda incerteza que uma cumplicidade comporta
e o alicerce da minha calma
acaba por ser
o frenesi em si
que me via tao grande
e forte
e livre,
tão mulher
me vejo apequenada dentro do teu abraço.
me vejo sozinha
frágil
esquecida,
tão menina
sem os teus cuidados.
me enxergo feia quando não sob teus olhos
me dou por perdida se não seguindo teus passos
eu,
logo eu
entregue não só à minha instabilidade
mas à inconstância da nossa existência
imersa
não só nas minhas próprias incertezas
mas em toda incerteza que uma cumplicidade comporta
e o alicerce da minha calma
acaba por ser
o frenesi em si
domingo, 12 de maio de 2013
Ideias amorfas golpeiam minha cabeça.
Cravejam,
sem dó,
de sementes estéreis minha caixa preta de escuridão perdida
cortada por flashes.
Tento anotar algumas delas,
mas nem todas formam frases.
Escrevo mesmo assim,
desconexamente
uma cusparada de ideias aleijadas.
Me frustro,
Desisto.
Apago a luz
[Mas apagar a luz não desliga o pensamento.
Cravejam,
sem dó,
de sementes estéreis minha caixa preta de escuridão perdida
cortada por flashes.
Tento anotar algumas delas,
mas nem todas formam frases.
Escrevo mesmo assim,
desconexamente
uma cusparada de ideias aleijadas.
Me frustro,
Desisto.
Apago a luz
[Mas apagar a luz não desliga o pensamento.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
O mal-sentir se fez físico.
Virou mal-estar.
Dor na barriga, enjôo.
Depois foram as pernas.
Que pernas? Pois é,
Não as sentia.
Não tremia, como já tremi
Mas amoleci.
A dureza na face, perdida,
vaga
E a impotência das pernas.
Assim como minha mão,
agora.
Tremo, praticamente.
A sinto mole.
Não como as pernas - porque a sinto.
Na hora, se estivesse de pé,
cairia.
Quando levantei,
temi que minhas comapnheiras não me suportassem
Como que cedendo à face sobrecarregada.
A face não sucumbiu
As pernas, sim.
Virou mal-estar.
Dor na barriga, enjôo.
Depois foram as pernas.
Que pernas? Pois é,
Não as sentia.
Não tremia, como já tremi
Mas amoleci.
A dureza na face, perdida,
vaga
E a impotência das pernas.
Assim como minha mão,
agora.
Tremo, praticamente.
A sinto mole.
Não como as pernas - porque a sinto.
Na hora, se estivesse de pé,
cairia.
Quando levantei,
temi que minhas comapnheiras não me suportassem
Como que cedendo à face sobrecarregada.
A face não sucumbiu
As pernas, sim.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Quando te viras de lado, o rosto e cabeça
O teu maxilar saliente, sob a barba desfeita
Quando comprimes os lábios
na busca daquilo que te exige um esforço
Aí eu vejo meu Homem.
Meu Homem se mostra quando repreende-me na noite alcoólica
Por medo de mim pra mim mesma
Meu Homem não morre mas adormece.
Pro despertar do menino doce, às vezes frágil
Ou do moleque que desestabiliza os apaixonamentos
Se não fosse a renascença sempre certa
Do meu Homem
Eu não sei o que seria da minha menina.
Problema Interno
O vômito
A tosse
O gozo
O apogeu do engasgo
A concretização do espasmo
Nem sempre bem-vindo
Nem sempre lírico.
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