sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pelo romantismo que te destituí de ter
perdi a pouca esperança de surpreender-me.

Pelo romântico que te roubei de ser
desisti da possibilidade de te ver como não vejo.

Por isso que fiz e não devia
me poupei de expressar o óbvio
(eu que sempre expressei o óbvio!)

talvez seja melhor não deixar o óbvio tão nítido

porque a ilusão da surpresa
quando já absolutamente esperada
parece sempre melhor.