Pelo romantismo que te destituí de ter
perdi a pouca esperança de surpreender-me.
Pelo romântico que te roubei de ser
desisti da possibilidade de te ver como não vejo.
Por isso que fiz e não devia
me poupei de expressar o óbvio
(eu que sempre expressei o óbvio!)
talvez seja melhor não deixar o óbvio tão nítido
porque a ilusão da surpresa
quando já absolutamente esperada
parece sempre melhor.
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